O que será
que faz sentido em nossas vidas? Quando paramos e nos damos conta de que os
caminhos que seguimos é o caminho errado, e porque chegamos a esta
conclusão...? Será que fazemos as perguntas certas? Será que fazemos as coisas
e as escolhas certas? O que nos parece certo hoje amanhã talvez seja o oposto
do que necessitamos? E as necessidades cabem à mente, ao corpo ou à insanidade
do mundo pós-moderno?
Sinto-me um
animal sentimental em meio a insanos devaneios da mente consumista e apocalíptica
da nossa geração, eu não pertenço a minha geração ou fui vomitado aqui para
fazer algo melhor, quem sabe...?
Estou
perdido e confuso, sinto-me como o velho carvalho que vai ao chão e sei que
quando isto acontece os macacos se dispersam e seguem sós, sem um guia. Quero
guiar meus próximos à luz!
Eu brinco
com o fogo, eu gosto da possibilidade de me queimar... Somos todos vermes
modernos.
Certa vez,
eu sonhei em ser presidente, queria isto com todas as minhas forças, queria
poder mudar algo ou alguém, e só consigo mudar a mim mesmo, esta medíocre e redundante
forma de seres antagônicos, sinto medo de não conseguir o que quero, mas ainda
não sei o que quero, será que é tão difícil se entender, ou melhor, sair do
casulo, todos parecem tão satisfeitos com o sucesso do desastre. Eu não.
Quero algo
novo, uma nova razão que dê sentido ao q sinto. Deve haver algo, algum lugar em
que as leis sejam outras, tem que haver.
Misturamos
os sentidos, misturamos os povos e cada vez mais nós criamos bloqueios e
barreiras, nos chocamos com o banal e vemos os elefantes brancos com o mais
puro ar de ignorância. Será que vai ser assim sempre, será que não passo de um
louco? E por que seria eu a refutar o sensato pelo eloquente, não cabe nada de
sensatez na minha vida, muito menos de certo, desejo o duvidoso, o grito em
meio à multidão.
Preciso de
espaço, de tempo, de calor e frio, sentir os extremos, a chuva de insanidade e
as corredeiras da loucura ecoando em meus ouvidos, sinto cheiro de sangue,
gosto amargo me lembra de que a iniquidade de sentimentos não cicatriza uma
ferida.
Sou a razão
da minha existência, sou o senhor de mim, e queria ser o servo da luz, da
liberdade e da esperança.
Não fique
ajoelhado juntando os cacos, sempre ficarão marcas, vá lá e construa um novo
vaso.
Alguns
acreditam em deuses, eu acredito no homem.