domingo, 1 de agosto de 2010

O homem a terra e o fogo...

Certa vez, um homem desprovido de esperanças, sentou-se a beira de um pequeno riacho, juntou alguns gravetos e acendeu uma pequena fogueira. 
Desanimado com sua situação, acreditava ele, estar sempre nadando contra a correnteza. Por mais que tentasse e lutasse, parecia sempre que o mundo conspirava contra. E de fato neste exato momento, começou a chover.
Olhando para o céu, João (vamos usar este nome como sendo o seu), encheu seus olhos de lágrimas e perguntou: - Porque eu, porque comigo, não aguento mais!!!!!!!
Vamos analisar nós a seguinte situação, João havia perdido a família, os amigos, o trabalho, sua terra e lógico a esperença. O que mais poderia acontecer àquele pobre homem?
João socou o chão já encharcado pela chuva que intermitentemente insistia em cair e com a mesma intensidade que desceu, sua mão subiu cheia da terra molhada com cheiro de chuva que havia apagado sua fogueira, e gritou, gritou o mais alto que seus pulmões tiveram força de expulsar o ar para fora, daria até pra se dizer que houviu-se seu berro à kilometros de distância dali.
Aí nos perguntamos, a que ponto a agonia humana é necessária, dar-se iam motivos para nós homens sofrermos. Porque para uns e para outros, qual seria a distinção entre o céu e a terra para homens de bem e boa vontade, não sei. O sofrimento não é digno de nossa alma.
Acreditem João naquele momento de desespero reacendeu sua fogueira no grito e entendeu que mesmo sob a forte chuva a fogueira reacendeu fora com a sua força.
A fogueira seria a sua esperança reacendendo, a terra onde ele construiria sua vida novamente e ergueria sobre os escombros da maldade a sua dignidade.
Então saibamos que sempre existirá a esperança, sempre poderemos olhar para dentro de nós mesmos e descobrir que temos muito a nos conhecer e que, a cada descoberta abrir-se-a uma nova porta, janela ou fresto.

chamado para a vida..!!!

Quanto sangue precisou ser derramado, a carne cortada pela lâmina das espadas, para ganhar uma terra que não me pertencia...
Um castelo de sonhos erguido sobre a fétida escória da humanidade insólita e desvairada... numa ânsia de desejos......
Tão conscientes, eloqüentes e inconseqüentes como o sangue espesso germinado em um coração juvenil...
Mas quando se dá conta de que as suas armas não são mais as armas que sonhou usar... empunhou o gatilho e o tiro disparado não volta mais...
Como uma culatra, o relógio entoa um peculiar cheiro de azul fruta cor como um oceano de tão verde tornando-se azulado...
Se o som do chocolate se confunde com a cor das notas musicais, minha mente sente tudo aquilo que meu coração pensa agora...
Usando de minhas mãos para continuar meu caminho, meus pés escrevem hoje a minha história... minha trajetória e meu destino....
Mesmo com os pés descalços calço o número que não aperta meu sapato, adiante apenas o horizonte... só o céu é limite.....
Lágrimas não pendem mais diante meus olhos, nem perfumes enlouquecem meus ouvidos, os meus sentidos já não se importam mais comigo...
Apenas os 3 acordes compõe o riff da minha vida... a música da alma testa e contesta meu paladar e me obriga a ver com o coração, para que eu possa parar de errar.....
Sou eu em gesto, em cheiro, em cor, em suma poesia adocicada pela pimenta mais cheirosa do meu jardim... o Éden....é aqui....é agora......sempre serei completo inacabado, mas eu mesmo em intrínseca originalidade de versões disto tudo que chamamos: VIVER!!!!